Lição 13: As promessas a respeito do Messias como Servo Sofredor

3º Trimestre de 2016

 

Data: 25 de Setembro de 2016

TEXTO DO DIA

“Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1Pe 2.24).

SÍNTESE

Isaías expõe todo o sofrimento de Cristo pela humanidade. O sofrimento de Jesus destruiu o poder que o pecado tinha sobre o homem.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA — Is 49.1-3

O Servo do Senhor é a luz dos gentios

TERÇA — Is 50.4,5

O Servo Sofredor ouve a voz de Deus

QUARTA — Is 53.6

O Servo Sofredor assumiu os pecados do povo

QUINTA — Is 53.9

O Servo Sofredor é exemplo de retidão

SEXTA — Is 55.1

O Servo Sofredor dará vida eterna

SÁBADO — Is 53.12

O Servo Sofredor anulou a condenação merecida

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

DESCREVER as qualidades do Servo Sofredor;
SABER que Jesus levou sobre si o pecado de toda a humanidade;
COMPREENDER que o sofrimento de Cristo é a garantia da cura completa do homem.

INTERAÇÃO

O protagonista da obra da redenção, o Servo Sofredor, será desprezado segundo o julgamento do mundo e até por seu próprio povo, bem como pelos orgulhosos governantes. No entanto, isso não mudará os fatos. Ele continuará sendo o escolhido, e reis e príncipes verão sua glória e se prostrarão em reverência reconhecendo sua majestade. Essas são promessas que se cumprirão de forma universal. A rejeição do mundo à mensagem do Evangelho não deve significar um desestimulo para o cristão, pois o desprezo não vai mudar em nada a eficácia dos propósitos de Deus. Ele continua sendo a única fonte de salvação e vida, e cabe a nós conduzir essa luz de forma que ela, com ou sem rejeição, brilhe cada vez mais.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, chegamos ao final de mais um trimestre. Para concluir este estudo, sugerimos a realização de um fórum. Divida a classe de modo que cada grupo receba um tópico da lição para uma breve abordagem. Esse tipo de atividade também é uma possibilidade de avaliação acerca do desenvolvimento da classe ao longo do trimestre e o quanto os temas estudados impactaram e estão impactando a vida de cada um. Agradecemos a sua companhia ao longo desta jornada e desejamos cada vez mais que possamos caminhar e prosseguir caminhando no serviço do Mestre amado.

TEXTO BÍBLICO

Isaías 53.3-7,9.

3 — Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

4 — Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

5 — Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.

6 — Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

7 — Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.

9 — E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

O contexto das profecias que estudaremos na lição de hoje referem-se especialmente ao Messias, ao Cristo enviado de Deus para salvar a nação de Israel e o mundo perdido. Essas profecias de Isaías estão divididas em quatro cânticos, todos fazendo menção ao Servo: 42.1-9; 49.1-7; 50.4-9; 52.13-53.12.

I. AS QUALIDADES DO SERVO

1. Promulgador de justiça. O cântico do Servo, Isaías 42, relata a missão do Cristo: promover a justiça, cuidar dos que estão prestes a cair, promulgar a equidade e igualdade entre todos (Is 42.1-4). Portanto, o Servo do Senhor não se imporia pela força (Is 42.2). Ele seria um ser humano ímpar pela sua fineza no trato, prudência e beleza de caráter (Is 52.13). Jesus nunca foi injusto nem usou de engano (Is 53.9). O conhecimento do Servo e sua submissão à vontade de Deus garantem a justificação de todos os que creem (Is 53.11).

2. Luz nas trevas. O Servo do Senhor permite que os povos que vivem em trevas tenham acesso à luz proveniente do Calvário (Is 42.6; 49.6), de modo que todos os povos e extremidades da terra tenham acesso à salvação de Deus. Ele tem poder para libertar da prisão do pecado e da escuridão espiritual os que estão presos (Is 42.7).

3. Poderoso em palavras. O Servo do Senhor tem habilidade com a Palavra, pois ela tem poder para transformar o ser humano (Is 49.2; Hb 4.12). Suas palavras trazem alívio ao cansado (Is 50).

Pense!

Cristo deve ser o modelo para a nossa caminhada de vida cristã.

Ponto Importante

As características do Servo Sofredor tipificam Cristo manifesto no Novo Testamento. O Servo Sofredor carrega consigo a manifestação da misericórdia, justificação e restauração de Deus à humanidade inteira.

II. O NOSSO PECADO LEVOU SOBRE SI

1. A vileza do pecado. Cristo foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas iniquidades (Is 53.5). Sobre Ele caiu o pecado de todos nós, as iniquidades dos injustos levou sobre si (Is 53.11). Jesus foi equiparado aos transgressores, embora nunca houvesse transgredido (Is 53.12).

2. O sacrifício substitutivo. O prenúncio de toda instituição sacrificial tem seu início no Éden, quando um animal foi morto para cobrir a nudez e o pecado do ser humano. O sistema de sacrifícios do Antigo Testamento previa matar animais para várias ocasiões, como quando alguém queria fazer uma oferta de louvor ou um agradecimento. Porém, sua função era expiar, no sentido de cobrir ou ocultar a culpa de alguém que pecou, apaziguando a ira de Deus sobre o pecador. Era o sacrifício de uma vida inocente oferecida em lugar de uma vida culpada, uma troca não merecida, mas aceita diante de Deus.

3. A graça do sacrifício. O sacrifício de Cristo foi um favor imerecido da parte de Deus para com os pecadores que merecidamente deveriam sofrer. Cristo, o Servo Sofredor, fez essa substituição, o santo pelos pecadores, o justo pelos injustos. Assim, os sacrifícios do Antigo Testamento tinham sua transitoriedade temporal, mas o de Cristo teve validade eterna: “Mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus” (Hb 10.12).

Pense!

Cristo manifestou tão abundante graça a nosso favor que nada pode mais servir de condenação para nossas vidas, se estamos em Cristo.

Ponto Importante

O Servo Sofredor revela a grandeza de Deus. Mediante a impossibilidade de o humano curar-se a si mesmo do pecado, Deus providencia o Servo Sofredor para curar a humanidade de suas dores resultantes do pecado.

III. SEU SOFRIMENTO, NOSSA CURA

1. O sofrimento necessário. Os sofrimentos do Servo Sofredor foram indescritíveis. Entretanto, foi necessário que Ele sofresse assim para curar todas as enfermidades do corpo e da alma humana. Muitas doenças são ocasionadas pelos pecados individuais e a maldade de uns para com os outros. Cristo levou todo sofrimento sobre si, não apenas para curar o corpo, mas também a alma (emoções, sentimentos e vontades) daqueles que creem no seu sofrimento na cruz. Ele sofreu ferimentos lancinantes nas costas e na face e suportou terríveis afrontas (Is 50.6; Mc 15.17; Jo 19.1). Os castigos desfiguraram o rosto de Jesus, a ponto de as pessoas ficarem pasmas diante dEle (Is 52.14). Ao ser oprimido e ferido, Ele ficou quieto como um cordeiro indefeso. Foi submetido a um julgamento injusto, uma morte indevida, uma cruz vergonhosa, uma sepultura emprestada, uma coroa horrorosa e acusado de pecados que não cometeu, tudo pela nossa salvação e cura.

2. Homem de tristezas. O profeta descreve o Servo Sofredor empregando uma linguagem que lembrava os leprosos. Estes eram excluídos do convívio da comunidade. Jesus, assim como os leprosos, sofreu uma das mais terríveis e amargas dores, a dor da solidão e do abandono, de alguém que foi rejeitado e de quem os homens escondiam o rosto. Porém, aquEle a quem desprezamos e pensamos ser insignificante levou sobre si nossas deformidades e doenças, ou seja, a lepra incurável do pecado. Sua fragilidade e falta de formosura foi a garantia da nossa redenção.

Pense!

O sofrimento de Cristo a nosso favor justifica uma resposta positiva de nossa parte diante de sua convocação à vida eterna.

Ponto Importante

O profeta Isaías quer mostrar ao povo que todo o sofrimento será carregado pelo Servo Sofredor a fim de livrar o povo da terrível dor de ter pecado contra Deus.

CONCLUSÃO

Cristo sofreu toda a dor que a humanidade deveria sofrer por causa do pecado, mas, ao experimentar a totalidade desse sofrimento, o Messias destruiu o poder que o pecado tinha sobre o homem e reconduziu todas as pessoas novamente a Deus. É imensurável e extraordinário o alcance dos sofrimentos e da morte do Servo Sofredor. Essa é a garantia de nossa cura, transformação, libertação, salvação e de que um dia estaremos para sempre com Ele.

ESTANTE DO PROFESSOR

CONDE, Emílio Tesouro de Conhecimentos Bíblicos: Enciclopédia de Assuntos Bíblicos. RJ: CPAD, 2000.

HORA DA REVISÃO

1. Cite onde estão localizados os quatro cânticos do Servo em Isaías.

Os quatro cânticos do Servo estão em Is 42.1-9; 49.1-7; 50.4-9; 52.13-53.12.

2. Quem é o Servo Sofredor de Isaías?

É o Messias, o Cristo enviado de Deus para salvar a humanidade.

3. Qual o significado messiânico de ser luz nas trevas?

Significa libertação da prisão do pecado e da escuridão espiritual.

4. Por que o sofrimento de Cristo foi necessário?

Para curar todas as enfermidades e doenças do corpo, mas especialmente as feridas da alma humana.

5. Por que a morte de Cristo foi necessária?

Para reconciliar todos em todo o mundo com Deus e assim providenciar uma tão grande salvação.

SUBSÍDIO I

“A vil condição a que se submeteu e a sua manifestação ao mundo não concordam com as ideias messiânicas que os judeus tinham formado. Esperava-se que Ele viesse com pompa; ao invés disto, cresceu como uma planta, silenciosa e inadvertidamente. Ele nada tinha de glória que alguém houvesse pensado encontrar nEle. Toda sua vida foi extremamente humilde e penosa. Feito pecado por nós, viveu a sentença peta qual expôs o pecado. Os corações carnais não contemplam nada que o interesse no Senhor.

(…) Os nossos pecados foram os espinhos na cabeça de Cristo, os cravos em suas mãos e pés, a lança que o feriu. Foi entregue à morte por nossas ofensas. Por seus sofrimentos adquiriu para nós o Espírito e a graça de Deus para mortificar as nossas corrupções, que sãs as enfermidades de nossa alma.

(…) Lembremo-nos de nossa longa lista de transgressões e consideremos-lhe sofrendo sob o peso de nossa culpa. Aqui se lança um fundamento firme sobre o qual o pecador temeroso pode descansar a sua alma. Nós somos a aquisição de seu sangue, e as obras de valor de sua graça; por isso Ele intercede continuamente, e prevalece destruindo as obras do Diabo” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002. pp.599-600).

SUBSÍDIO II

“O servo do Senhor (Is 42.1)

Essa frase tem grande significado em Isaías. Frequentemente refere-se a Israel (cf. Is 41.8-10). Porém, o servo Israel falhou em completar sua missão para Deus. Como resultado, Deus deve enviar outro Servo, o Messias. Ele será autorizado por Deus e será a chave que abrirá as cadeias dos cativos (Is 42.1-9). Ele falará às nações e demonstrará o esplendor de Deus.

Deus o guardará, apesar da sua missão requerer sofrimento. Apesar de rejeitado pelos homens, o Servo está destinado a ser exaltado. O que se segue é uma atordoante predição onde, literalmente, é retratada a crucificação de Jesus em detalhes. Através da morte, o Servo completará as finalidades de Deus e, então, Ele mesmo será elevado à glória. Esses cânticos do servo não somente demonstram Cristo em sua essencial beleza, mas também servem para modelar a natureza de todo o serviço. Qualquer que serve a Deus deve ter o desejo de assim fazer; permanecer humilde ante os outros e dependente do Senhor; estar comprometido em ganhar a liberdade de outros presos do pecado” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.432).

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