Lição 2: O Islamismo

2º Trimestre de 2006

 

Data: 9 de Abril de 2006

TEXTO ÁUREO

“Estas, porém, são as gerações de Ismael, filho de Abraão, que a serva de Sara, Agar, egípcia, deu a Abraão” (Gn 25.12).

VERDADE PRÁTICA

O islamismo é uma religião legalista, contrária ao cristianismo e cujos adeptos são os filhos espirituais de Ismael.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Is 34.16

Os muçulmanos negam a autoridade da Bíblia

Terça – Gn 16.11,12

A Bíblia anuncia de antemão a natureza belicosa de Ismael

Quarta – Mt 28.19

Os muçulmanos negam a doutrina da Trindade

Quinta – Jo 20.31

Os muçulmanos negam ser Jesus o Filho de Deus

Sexta – 1 Co 15.2,4,17

Os muçulmanos negam a morte e a ressurreição de Jesus

Sábado – Rm 3.23

Os muçulmanos negam o caráter universal do pecado humano

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gálatas 4.22,23,28-31.

22 – Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre.

23 – Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa.

28 – Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa, como Isaque.

29 – Mas, como, então, aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também, agora.

30 – Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque, de modo algum, o filho da escrava herdará com o filho da livre.

31 – De maneira que, irmãos, somos filhos não da escrava, mas da livre.

PONTO DE CONTATO

Caríssimo professor, nesta lição estudaremos o islamismo — uma das maiores religiões do mundo. Segundo estimativas, há cerca de 1 bilhão de mulçumanos em todo o planeta, distribuídos principalmente no Iraque, Irã, Arábia Saudita, Líbano, Jordânia, Palestina, Egito, Argélia, Indonésia, Chechênia, Kosovo e Turquia — países predominantemente islâmicos. Esta religião além de ser uma das maiores, também é a mais recente e a que mais cresce no cenário global. Portanto, ao ministrar a lição, incentive sua classe a interceder a favor desse grupo étnico e religioso ainda não alcançado pelo evangelho.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Interceder pelos países islâmicos.
Compreender as doutrinas do islamismo.
Descrever a história da religião islâmica.

SÍNTESE TEXTUAL

O fundador do islamismo, Mohammad ibn Abdullah ou Maomé, nasceu em 12 de Rabi-al-awwal (3° mês do calendário árabe e abril no cristão) de 570 d.C, em Meca, atual Arábia Saudita. Procedente de uma família aristocrática, era órfão de pai e sua mãe morreu quando o pequeno Muhammad tinha seis anos de idade. Nesse período, foi morar com o avô paterno, Abdu al-Muttalib, mas os infortúnios também assolaram a casa deste, vindo a falecer logo em seguida quando a criança constava ainda de 8 anos. No entanto, seu tio, Abu Talib, líder do clã Haxemita da tribo dos Coraixitas, criou-o como um filho. Em 610 d.C, Maomé recebeu a primeira visão mística que mudou completamente a sua vida. Cria que o arcanjo Gabriel entregou-lhe uma mensagem de que havia apenas um deus verdadeiro e que a idolatria era abominável. A divindade única de Maomé era conhecida como Al-Lah ou Alá, cujo significado é “o deus”. Em 612 d.C, começa a divulgação das suas visões e atrai alguns adeptos. Em virtude do seu analfabetismo, recitou tais visões a seus discípulos que a escreveram. Estes escritos foram denominados Corão, isto é, o “recitado” ou “leitura”. Maomé, faleceu aos 63 anos em 632 d.C, em Medina. A religião fundada por ele nega os principais fundamentos doutrinários da religião cristã: a Bíblia, a Trindade, a morte e ressurreição de Jesus e o caráter universal do pecado.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Professor, o mapa estatístico abaixo, tem por finalidade apresentar ao aluno a Expansão da Religião Islâmica no Mundo. Reproduza-o de acordo com os recursos disponíveis. Incremente o cartograma com as informações contidas no Ponto de Contato.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Maomé: Seu nome completo é Abulqasin Mohammad ibn Abdullah ibn Abd al-Muttalib ibn Hashim.

O islamismo é uma das três principais religiões monoteístas do planeta ao lado do cristianismo e do judaísmo. À semelhança destas, também nasceu no Oriente Médio. Suas crenças e práticas, porém, são contrárias à Bíblia e ao cristianismo.

I. CONSIDERAÇÕES GERAIS

1. Os filhos de Abraão. Nem todos os árabes são muçulmanos, e nem todos os muçulmanos são árabes. Há uma grande disputa, desde a antiguidade, pois é desejo dos árabes serem filhos de Abraão, mas nem todos o são. Deus dá, ainda hoje, a oportunidade para qualquer pessoa, independentemente de sua nação ou origem, de tornar-se descendente de Abraão, mediante a fé em Jesus (Rm 4.11; Gl 3.7).

2. O mundo árabe. Os povos do sul da Península Arábica descendem de Qahtan, Joctã (Gn 10.25), cujos descendentes povoaram o sul dessa península. Os povos do norte da Arábia Saudita são descendentes de Adnam, que é ismaelita. Havilá (Gn 25.18) era uma região da costa oriental da Península Arábica, no Golfo Pérsico; Sur é na região do Sinai.

3. Origem do islamismo. O nome da religião vem da palavra árabe islam, “submissão”, mas os críticos afirmam que significava: “desafio à morte, heroísmo, morrer na batalha” no mundo pré-islâmico. Foi fundado por Maomé na Arábia Saudita, em 610 d.C, e, logo, expandiu-se por todo o Oriente Médio, sul da Ásia, norte da África e Península Ibérica, pela força da espada.

II. FONTE DE AUTORIDADE

O islamismo rejeita a Bíblia. A fonte principal de autoridade na fé islâmica é o Alcorão, mas há outras fontes, a Sunnah ou Tradição Viva, registro de tudo que Maomé teria feito e dito, classificado em volumes e chamados de Hadith. Baseados no Hadith e no Alcorão, elaboraram a lei islâmica chamada Shaaria.

1. Origem e história do Alcorão. A palavra vem do árabe quran, “recitação”, e al é o artigo definido. Os muçulmanos acreditam que o anjo Gabriel recitou sua mensagem a Maomé durante 23 anos, e cujo conteúdo está numa tábua no céu. Eles acreditam que o Alcorão é a inspirada Palavra de Deus. Mas, estudos críticos nele e na sua história tornam inconsistente esse conceito.

2. Origem humana do Alcorão. Havia muitos textos discrepantes do Alcorão. Por isso, Otmã, terceiro sucessor de Maomé (644-656), padronizou seu texto conforme suas conveniências, e mandou destruir as demais cópias sob pena de morte. Um dos discípulos de Maomé, chamado Abdollah Sarh, dava sugestões sobre o que deveria ser cortado ou acrescentado no Alcorão. Deixou o islamismo, alegando que se o Alcorão fosse a revelação de Deus, não poderia ser alterado por sugestão de um escriba. Quando Maomé conquistou Meca, matou seu ex-discípulo, visto que sabia demais para continuar vivo.

3. Problema do islamismo com a Bíblia. O problema é que os teólogos islâmicos logo descobriram que o Alá do Alcorão não é o mesmo Jeová do Antigo Testamento, e que o Jesus do Alcorão não é o mesmo do Novo Testamento. A mensagem da Bíblia é uma, e a do Alcorão é outra. Não podendo aceitar o equívoco do seu profeta, resolveram ensinar que a Bíblia foi falsificada por judeus e cristãos.

4. A verdade sobre a Bíblia. Deus prometeu preservar a sua Palavra (Jr 1.12). A integridade do texto bíblico é fato verificado cientificamente — os manuscritos do mar Morto confirmam a autenticidade do texto bíblico. Outra prova irrefutável, contra o argumento islâmico, é o grande número de manuscritos antigos tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. A autoridade da Bíblia e sua inspiração são suas características sui generis (Is 34.16; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21). Os muçulmanos contradizem-se, pois o próprio Alcorão declara-se como continuação das Escrituras Sagradas.

III. TEOLOGIA ISLÂMICA

1. O Deus dos muçulmanos. A história registra que existiram na antiguidade muitas religiões monoteístas, mas que eram pagãs. Seus adeptos adoravam a um único ídolo. É um monoteísmo falso. Alá, divindade dos muçulmanos, era uma das divindades da Arábia pré-islâmica, adorada pela tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé. Há inúmeras evidências irrefutáveis na história e na arqueologia de que Alá não veio nem dos judeus e nem dos cristãos. Alá e Jeová não são nomes distintos de um mesmo Deus. Jeová é o Deus único e verdadeiro, ao passo que Alá não passa de um arremedo do verdadeiro Deus.

2. O conceito de Trindade no Alcorão. O islamismo considera a crença na Trindade um pecado imperdoável e define-a como três deuses: Alá, Jesus e Maria. Há dois erros crassos nesse conceito. O primeiro, refere-se à terceira Pessoa da Trindade, que é o Espírito Santo, e não, Maria. O segundo, a respeito do conceito do termo, que não quer dizer três deuses, mas um só Deus em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito (Dt 6.4; Mt 28.19).

3. O Senhor Jesus Cristo no Alcorão. O Jesus do Alcorão é um mero mensageiro. Não é reconhecido como Deus, nem como Filho de Deus e Salvador da humanidade. O Alcorão não reconhece a morte e a ressurreição de Cristo. Assim, consideram Maomé como superior a Jesus e “o selo dos profetas”. O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de Deus, pois implicaria numa relação íntima e conjugal de Maria com Deus. O mais grave é que seus líderes afirmam que os cristãos pregam tal absurdo! (Jd 10).

4. A cristologia bíblica. A expressão “Filho de Deus” mostra a origem e a identidade de Jesus (Jo 8.42), e não segue o mesmo padrão de reprodução humana. Eternamente gerado por Deus, o Senhor Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.18,20; Lc 1.35; Hb 1.5). Há inúmeras passagens bíblicas provando que Jesus é Deus igual ao Pai (Jo 1.1). Durante o Seu ministério terreno, fez o bem a todos (At 10.38), proporcionando não somente a vida física (Jo 11.43,44), mas também a espiritual (Jo 10.10).

5. O sacrifício de Jesus. A cruz de Cristo sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co 1.23). A morte e a ressurreição de Jesus estavam previstas no Antigo Testamento (Is 53.8-10; Sl 16.10) e cumpriu-se em o Novo (Lc 24.44-46) para a nossa salvação (1 Co 15.3,4). O sacrifício de Jesus Cristo na cruz mostra que o homem é completamente incapaz de salvar-se por sua própria bondade e força. Negar o sacrifício de Jesus na cruz, ou fazê-lo parecer desnecessário, é uma forma de invalidar a única maneira de o homem ser salvo.

IV. OS CINCO PILARES DO ISLAMISMO

O credo islâmico, composto de cinco pilares, é o orgulho dos muçulmanos. Entretanto, Deus não está preocupado com ritos ou regras (Is 28.10). Ele busca a comunhão com o homem que criou (Mq 6.6-8).

1. Fé em Deus. O primeiro pilar é crer em Alá como único Deus e em Maomé como seu mensageiro. Afirmar com sinceridade essa declaração três vezes, em árabe, diante de duas testemunhas, torna a pessoa muçulmana. Isso é recitado nos ouvidos do recém nascido e nos do muçulmano, quando está morrendo. Eles buscam assemelhar-se ao cristianismo. Todavia, o seu deus e mensageiro não são os mesmos da Bíblia (Jo 17.3).

2. Oração. O segundo são as orações rituais, realizadas cinco vezes ao dia: de manhã, ao meio dia, à tarde, ao pôr do sol e à noite. Os judeus oram três vezes ao dia, desde os tempos bíblicos (Sl 55.17; Dn 6.10). Há uma passagem no Alcorão onde parece afirmar que Maomé copiou essa prática dos judeus e aumentou para cinco vezes. Nós, cristãos, oramos continuamente (Cl 4.2; 1 Ts 5.17), não como obrigação; mas com o desejo de manter a comunhão com Cristo (Mt 6.5; Gl 2.20).

3. Esmolas. O terceiro é dar esmolas aos mais necessitados ou fazer atos de caridade. Prática copiada dos judeus e cristãos. A diferença é que não precisamos tocar trombetas (Mt 6.2). Não o fazemos para sermos salvos, mas porque já o somos e temos o fruto do Espírito (Gl 5.22).

4. Jejum. O quarto é jejuar 30 dias no mês de Ramadã; o jejum feito apenas durante o dia. Pesquisas comprovaram que esse é o mês de maior consumo nos países islâmicos. À luz da Bíblia, isso não é jejum. O jejum cristão é como a oração: não é mandamento; é prática natural e voluntária do cristão (Mt 6.16).

5. Peregrinação. O último pilar é a peregrinação à Meca pelo menos uma vez na vida, se as condições financeiras e de saúde o permitirem. É a cópia das peregrinações judaicas e cristãs (Sl 122). Maomé substituiu Jerusalém por Meca.

CONCLUSÃO

O islamismo é inimigo da cruz de Cristo. Em muitos países islâmicos é crime um muçulmano se converter à fé cristã. Seus líderes fazem propaganda falsa contra o cristianismo e escondem as fraquezas de sua religião. Nenhum deles fala ao povo que a Trindade bíblica não é a mesma descrita no Alcorão e nem explica o conceito de “Filho de Deus” em o Novo Testamento. É o maior desafio da igreja nos dias atuais.

VOCABULÁRIO

Crasso: Grosseiro; estúpido; erro crasso.
Monoteísmo: Crença judaica, cristã e islâmica na existência de apenas um Deus.
Sui generis: Inigualável; que não apresenta comparação; inimitável.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BICKEL, B.; JANTZ, S. Guia de seitas e religiões: Uma visão panorâmica. RJ: CPAD, 2005.
IRWIN, D. K. O que os cristãos precisam saber sobre os mulçumanos. RJ:CPAD, 2004.

EXERCÍCIOS

1. O que é necessário para se tornar um filho de Abraão?

R. Ter fé em Jesus, isto é, aceitá-lo como Salvador. Deus dá, ainda hoje, a oportunidade para qualquer pessoa tornar-se descendente de Abraão mediante a invocação do nome do Senhor Jesus.

2. Como foi a expansão do islamismo?

R. O islamismo expandiu-se por todo o Oriente Médio, sul da Ásia, norte da África e Península Ibérica. O islamismo expandiu-se pela bravura dos seus guerreiros e pela força de suas espadas.

3. O que disse Abdollah Sarh sobre o Alcorão?

R. Abdollah Sarh dava sugestões sobre o que deveria ser cortado ou acrescentado no Alcorão. Afirmou, certa vez, que se o Alcorão fosse a revelação de Deus, não poderia ser alterado por sugestão de um escriba.

4. Qual o problema do Alcorão sobre o conceito da Trindade Bíblica?

R. O islamismo considera a crença na doutrina da Trindade um pecado imperdoável e confunde essa doutrina como crença em três deuses: Alá, Jesus e Maria.

5. Quais são os cinco pilares do islamismo?

R. 1) Fé em Deus — crer em Alá como único Deus e Maomé como seu mensageiro; 2) Oração — realizadas cinco vezes ao dia; 3) Esmolas — dar esmolas aos necessitados ou fazer atos de caridade; 4) Jejum — jejuar 30 dias no mês de Ramadã; 5) Peregrinação — peregrinação à Meca pelo menos uma vez na vida.

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